Lauraceae

Ocotea velloziana (Meisn.) Mez

Como citar:

Gláucia Crispim Ferreira; Mário Gomes. 2020. Ocotea velloziana (Lauraceae). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

LC

EOO:

3.427.540,649 Km2

AOO:

856,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

Espécie endêmica do Brasil (Flora do Brasil 2020 em construção, 2020), com distribuição: no estado da Bahia — nos municípios Abaíra, Arataca, Bahia, Barra da Estiva, Barro Preto, Caetité, Camacan, Correntina, Floresta Azul, Ibicoara, Ilhéus, Jacobina, Mucugê, Mucuri, Nilo Peçanha, Palmeiras, Porto Seguro, Rio de Contas e Santa Cruz Cabrália —, no Distrito Federal — nos municípios Brasilia e Brasília —, no estado de Goiás — nos municípios Alto Paraíso de Goiás, Barro Alto, Caiapônia, Cocalzinho de Goiás, Crixás, Goiandira, Goiás, Luziânia, Minacu, Minaçu e Niquelândia —, no estado do Maranhão — no município Mirador —, no estado do Mato Grosso — nos municípios Aripuanã, Barão de Melgaço, Barra do Bugres, Cáceres, Campo Verde, Chapada dos Guimarães, Confresa, Cotriguaçu, Nova Canaã do Norte, Nova Ubiratã e Porto Estrela —, Mato Grosso Do Sul — nos municípios Alcinópolis, Anaurilândia, Antônio João, Aquidauana, Bataguassu, Bodoquena, Bonito, Campo Grande, Corumbá, Ivinhema, Jateí, Porto Murtinho e Três Lagoas —, no estado de Minas Gerais — nos municípios Arinos, Botumirim, Campo do Meio, Caratinga, Careaçu, Catas Altas, Coronel Pacheco, Diamantina, Extrema, Grão Mogol, Ituiutaba, Jaboticatubas, Joaquim Felício, Juiz de Fora, Lassance, Lavras, Mariana, Marliéria, Nova Lima, Ouro Preto, Patrocínio, Sacramento, Santa Bárbara, Santa Maria do Salto, Santana do Riacho, Santo Antônio do Itambé, São Gonçalo do Rio Preto, São José da Barra, São Roque de Minas, Serro, Três Marias e Uberlândia —, no estado do Paraná — nos municípios Diamante do Norte, Guairá, Guaíra, Jaguariaíva, Lapa, Marilena, Nova Londrina, Sengés, Tibagi e Ventania —, no estado do Rio de Janeiro — no município Rio de Janeiro —, no estado de São Paulo — nos municípios Águas de Santa Bárbara, Agudos, Analândia, Anhembi, Anhembí, Araraquara, Assis, Avaí, Bauru, Botucatu, Brotas, Buri, Cajuru, Campinas, Castilho, Cosmópolis, Dourado, Franco da Rocha, Gália, Guarulhos, Itapetininga, Itaporanga, Itatinga, Itirapina, Itu, Jeriquara, Joanópolis, Jundiaí, Limeira, Magda, Marília, Mogi Guaçu, Monte Mor, Nova Odessa, Pedregulho, Pindamonhangaba, Piraju, Pirassununga, Piratininga, Pratânia, Promissão, Quatá, Rosana, São Carlos, São José do Barreiro, São José do Rio Preto, Sao Paulo, São Paulo, São Pedro, Sud Mennucci, Sumaré, Teodoro Sampaio e Ubatuba —, e no estado do Tocantins — no município Mateiros.

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2020
Avaliador: Gláucia Crispim Ferreira
Revisor: Mário Gomes
Categoria: LC
Justificativa:

Árvore endêmica do Brasil (Flora do Brasil 2020 em construção, 2020). Popularmente conhecida por canela, foi coletada em Caatinga (stricto sensu), Cerrado (lato sensu) e Floresta Estacional Semidecidual associadas a Caatinga, Cerrado e Mata Atlântica nos estados da Bahia, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso Do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio De Janeiro, São Paulo e Tocantins. Apresenta distribuição ampla, constante presença em herbários, inclusive com coleta recente, e ocorrência confirmada dentro dos limites de Unidades de Conservação de proteção integral e em áreas onde ainda predominam na paisagem extensões significativas de ecossistemas florestais em estado prístino de conservação. A espécie ocorre em múltiplas fitofisionomias e em distintos domínios fitogeográficos de forma frequente/ocasional na maior parte das localidades em que foi registrada. Adicionalmente, não existem dados sobre tendências populacionais que atestem para potenciais reduções no número de indivíduos maduros, além de não serem descritos usos potenciais ou efetivos que comprometam sua perpetuação na natureza. Assim, foi considerada como Menor Preocupação (LC), demandando ações de pesquisa (distribuição, tendências e números populacionais) a fim de se ampliar o conhecimento disponível e garantir sua sobrevivência na natureza.

Último avistamento: 2019
Possivelmente extinta? Não
Severamente fragmentada? Desconhecido

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Descrita em: Jahrb. Königl. Bot. Gart. Berlin 5: 347, 1889. É reconhecida por apresentar inflorescências sempre menores que as folhas, flores glabras com cerca de 5 mm de diâmetro. Popularmente conhecida como canela (Moraes, 2005).

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido
Detalhes: Não é conhecido valor econômico da espécie.

População:

Detalhes: Não existem dados populacionais.

Ecologia:

Substrato: terrestrial
Forma de vida: tree
Longevidade: perennial
Biomas: Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica
Vegetação: Caatinga (stricto sensu), Cerrado (lato sensu), Floresta Estacional Semidecidual
Habitats: 1.5 Subtropical/Tropical Dry Forest, 2.1 Dry Savanna
Referências:
  1. Flora do Brasil 2020 em construção, 2020. Ocotea. Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio Janeiro. URL http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB8492 (acesso em 18 de maio de 2020).

Ameaças (1):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 2.3.3 Agro-industry grazing, ranching or farming habitat past,present,future national very high
A pecuária é uma das principais fontes de renda e subsistência para os habitantes da Caatinga (Antongiovanni et al., 2018). Em geral, bovinos, caprinos e ovinos são criados em regime de liberdade, tendo acesso à vegetação nativa como base de sua dieta (Marinho et al. 2016). Estudos apontam que no Cerrado brasileiro restam apenas 50% da cobertura florestal natural. A taxa de desmatamento tem aumentado, principalmente devido à expansão do gado, indústrias de soja, reservatórios de hidrelétricas e expansão de áreas urbanas (Françoso et al,. 2015; Ratter et al., 1997). Os centros urbanos mais populosos do Brasil e os maiores centros industriais e de silvicultura encontram-se na área original da Mata Atlântica (Critical Ecosystem Partnership Fund, 2001).
Referências:
  1. Antongiovanni, M., Venticinque, E.M., Fonseca, C.R., 2018. Fragmentation patterns of the Caatinga drylands. Landsc. Ecol. 33, 1353–1367. https://doi.org/10.1007/s10980-018-0672-6
  2. Marinho, F.P., Mazzochini, G.G., Manhães, A.P., Weisser, W.W., Ganade, G., 2016. Effects of past and present land use on vegetation cover and regeneration in a tropical dryland forest. J. Arid Environ. 132, 26–33. https://doi.org/10.1016/j.jaridenv.2016.04.006
  3. Ratter, J.A., Ribeiro, J.F., Bridgewater, S., 1997. The Brazilian Cerrado Vegetation and Threats to its Biodiversity. Ann. Bot. 80, 223–230. https://doi.org/10.1006/anbo.1997.0469
  4. Françoso, R.D., Brandão, R., Nogueira, C.C., Salmona, Y.B., Machado, R.B., Colli, G.R., 2015. Habitat loss and the effectiveness of protected areas in the Cerrado Biodiversity Hotspot. Nat. Conserv. 13, 35–40. https://doi.org/10.1016/j.ncon.2015.04.001
  5. Critical Ecosystem Partnership Fund (CEPF), 2001. Ecosystem Profile Atlantic Forest Biodiversity Hotspot Brazil. CEPF Conserv. Int. URL http://www.cepf.net/Documents/final.atlanticforest.ep.pdf (acesso em 31 de agosto de 2018).

Ações de conservação (5):

Ação Situação
5.1.2 National level needed
A espécie ocorre em territórios que poderão ser contemplados por Planos de Ação Nacional (PAN) Territorial, no âmbito do projeto GEF Pró-Espécies - Todos Contra a Extinção: Território Espinhaço Mineiro - 10 (MG), Território Sacramento - 15 (MG), Território Campinas - 18 (SP), Território Paraná/São Paulo - 19 (PR, SP), Território São Paulo - 20 (SP), Território São João del Rei - 29 (MG), Território Rio de Janeiro - 32 (RJ), Território Itororó - 35 (MG, BA), Território Chapada Diamantina-Serra da Jibóia - 39 (BA).
Ação Situação
1.1 Site/area protection on going
A espécie foi registrada nas seguintes Unidades de Conservação: Área de Proteção Ambiental Águas Vertentes (US), Área de Proteção Ambiental Caminhos Ecológicos da Boa Esperança (US), Área de Proteção Ambiental Corumbataí, Botucatu e Tejupá Perímetro Corumbataí (US), Área de Proteção Ambiental da Bacia do Rio São Bartolomeu (US), Área de Proteção Ambiental da Bacia dos Ribeirões do Gama e Cabeça de Veado (US), Área de Proteção Ambiental da Chapada dos Guimarães (US), Área de Proteção Ambiental de Massambaba (US), Área de Proteção Ambiental do Planalto Central (US), Área de Proteção Ambiental dos Pireneus (US), Área de Proteção Ambiental Estadual da Escarpa Devoniana (US), Área de Proteção Ambiental Fernão Dias (US), Área de Proteção Ambiental Ilhas e Várzeas do Rio Paraná (US), Área de Proteção Ambiental Jalapão (US), Área de Proteção Ambiental Jundiaí (US), Área de Proteção Ambiental Marimbus/Iraquara (US), Área de Proteção Ambiental Piracicaba Juquerí-Mirim, Área II (US), Área de Proteção Ambiental Pouso Alto (US), Área de Proteção Ambiental Rio Batalha (US), Área de Proteção Ambiental Serra do Barbado (US), Área de Proteção Ambiental Sistema Cantareira (US), Área de Proteção Ambiental Sul-RMBH (US), Estação Ecológica de Taiamã (PI), Estação Ecológica do Jardim Botânico (PI), Parque Estadual Biribiri (PI), Parque Estadual da Costa do Sol (PI), Parque Estadual do Juquery (PI), Parque Estadual do Rio Doce (PI), Parque Estadual Grão Mogol (PI), Parque Estadual Rio Preto (PI), Parque Nacional da Chapada Diamantina (PI), Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros (PI), Parque Nacional da Serra das Lontras (PI), Refúgio Estadual de Vida Silvestre Mata dos Muriquis (PI), Reserva Particular do Patrimônio Natural Fazenda Arte Verde (US).
Ação Situação
5.1.2 National level on going
A espécie ocorre no território de abrangência do Plano de Ação Nacional para a conservação da flora ameaçada de extinção da região de Grão Mogol - Francisco Sá (Pougy et al., 2015).
Referências:
  1. Pougy, N., Martins, E., Verdi, M., Maurenza, D., Loyola, R., Martinelli, G. (Orgs.), 2015. Plano de Ação Nacional para a Conservação da Flora Ameaçada de Extinção da Região de Grão Mogol - Francisco Sá. CNCFlora: Jardim Botânico do Rio de Janeiro: Laboratório de Biogeografia da Conservação: Andrea Jakobsson Estúdio, Rio de Janeiro. 76 p.
Ação Situação
5.1.2 National level on going
A espécie ocorre no território de abrangência do Plano de Ação Nacional para a conservação da flora ameaçada de extinção da Serra do Espinhaço Meridional (Pougy et al., 2015).
Referências:
  1. Pougy, N., Verdi, M., Martins, E., Loyola, R., Martinelli, G. (Orgs.), 2015. Plano de Ação Nacional para a conservação da flora ameaçada de extinção da Serra do Espinhaço Meridional. CNCFlora: Jardim Botânico do Rio de Janeiro: Laboratório de Biogeografia da Conservação: Andrea Jakobsson Estúdio, Rio de Janeiro. 100 p.
Ação Situação
5.1.2 National level on going
A espécie ocorre no território de abrangência do Plano de Ação Nacional para a conservação da flora endêmica ameaçada de extinção do estado do Rio de Janeiro (Pougy et al., 2018).
Referências:
  1. Pougy, N., Martins, E., Verdi, M., Fernandez, E., Loyola, R., Silveira-Filho, T.B., Martinelli, G. (Orgs.), 2018. Plano de Ação Nacional para a conservação da flora endêmica ameaçada de extinção do estado do Rio de Janeiro. Secretaria de Estado do Ambiente-SEA: Andrea Jakobsson Estúdio, Rio de Janeiro. 80 p.

Ações de conservação (1):

Uso Proveniência Recurso
17. Unknown
Não existem dados sobre usos efetivos ou potenciais.